Capítulo 21 - Passeio cultural

Tenho me interessado cada vez mais por História, Antropologia e assuntos afins. Por isso chamei o Tyler para visitar a Mansão Von Assombro, que se tornou um museu de Windenburg.

— Que lugar fascinante, você não acha Tyler? — falei empolgada. — E ainda em plena quarta-feira de recesso. Seremos os únicos visitantes.
— Legal, legal, deixa eu bater uma selfie aqui. — disse ele.

Com tantas coisas importantes para ver, e o Tyler tirando foto dele mesmo no pátio. 

Aqui na placa diz que essa mansão um dia foi parcialmente destruída por um incêndio, e seus proprietários acabaram morrendo.

— Lara não é por nada não, mas acho que vi a placa se mover... — disse Tyler. — Fiquei sabendo de uns boatos que os fantasmas do casal ainda andam por aí...

— Tyler, desiste de tentar me assustar. — até bocejei. — Além disso, você e eu sabemos muito bem que fantasmas existem.

— Que? — ele arregalou os olhos, mas eu não disse mais nada, pois estava ansiosa para conhecer o casarão.

A Mansão era deslumbrante, como uma viagem ao passado. Na Sala da Lareira, eu só conseguia imaginar os antigos moradores recebendo seus convidados em jantares sofisticados, enquanto jovens debutantes procuravam por futuros pretendentes.

A Sala do Piano tinha várias obras de arte, todas restauradas. A gerência da Mansão tem feito um belo trabalho de restauração aqui.

Estava tão imersa na história da casa, que só me dei conta do silêncio quando o telefone tocou, ecoando no salão. Era minha avó de Sulani querendo saber como eu estava. DE NOVO!

Quando desliguei o celular, percebi que Tyler estava dentro da área de exposição, um espaço proibido.

— Ficou doido Tyler? Não podemos ir aí. — falei.

— Deixa de ser fresca, Lara!  Ou está com medinho dos fantasmas? — ele ainda me provocou — Vamos lá para o último andar, sei que você quer... 

O pior é que eu queria muito!

Acabei cedendo e passando pela faixa. Subi a escada cheia de medo de encontrar um guarda ou do teto desabar.

Mas quando cheguei a varanda meu medo foi todo embora. Ali tinha uma vista maravilhosa do jardim.

— Sabia que essa vista era para os funcionários ajudarem caso alguém se perdesse no labirinto? — contou Tyler.

— Sério? Não sabia disso... — comentei. — Na verdade, não sabia que você se interessava por essas coisas.

— E nem me interesso... Mas isso não muda um fato: eu acho o máximo você gostar disso tudo. — ele falou. —  Gosto de ver você feliz com essas coisas. E é por isso que vou sempre te apoiar.

— Tyler, você é meu melhor amigo, obrigada! — eu disse, e dei um super abraço nele.

Por que existem coisas que somente um abraço pode dizer...