Era uma noite quente de verão. Minha nova aventura exigia um equipamento mais refinado: vestido preto e brincos de diamante.
Era a festa de gala da Associação Acadêmica de Britechester. Além dos acadêmicos, entusiastas de arte da alta sociedade também foram convidados.
Devido ao meu desempenho na universidade, e um pouco mais por influência de meus avós, bons colaboradores da Escola de Música de Britechester, acabei sendo incluída na lista.
Tinha ambições maiores: compartilhar minhas descobertas com a academia e propor a criação de um departamento exclusivo para estudos da cultura de Omiscan.
Tudo o que eu precisava era uma boa oportunidade de chegar ao reitor ou ao decano do Instituto de História e Artes. A festa era a ocasião perfeita.
Me aproximei do grupo, como que ingenuamente para me servir de bebida. Na primeira oportunidade iria me introduzir na conversa.
— Então está tudo certo para a entrega da boneca? — ouvi o reitor comentar.
— Certamente que sim... Uma boneca cabeçuda velha e bem pesada, se é que me entendem. — disse o decano, então os homens começaram a rir.
Que conversa esquisita. Do que eles estavam falando? Parecia que falavam por meio de códigos.
— Ora homens, ninguém aqui é culpado por não acharmos nada naquela mata dourada. — falou o reitor.
— Nada, é claro. — disse o acadêmico ruivo. — Apenas objetos velhos e de puro valor sentimental para um benfeitor discreto. Discreto e generoso.
Saí de perto, tentando processar aquilo... Mata dourada só poderia se referir a Selvadorada. Mas como não haveria nada de valor lá? Eu vi com meus próprios olhos todas aquelas inscrições e artefatos de valor cultural inestimável...
A menos que... A tal boneca cabeçuda e velha seja um apelido para outra coisa. Como a boneca de Omiscan... Será que?
Talvez não fosse uma boneca, e sim um monte de coisas dentro de um avião... Coisas valiosas para um benfeitor...
Estariam eles contrabandeando as relíquias de Omiscan? Parecia loucura da minha cabeça, mas quanto mais eu pensava, mais sentido fazia.
Anos de pesquisa em Selvadorada, e nada voltava do sítio arqueológico da universidade. Eles estavam enganando a todos e vendendo todos os artefatos!
Fiquei tão nervosa, que saí correndo daquela festa. Estava frustrada, desapontada, confusa... Não sabia o que pensar.
Até que percebi que fui seguida pelo homem ruivo. Era o decano.
— Ei garota... — disse ele. — Onde pensa que vai? Pensou que eu não notei você bisbilhotando?
— Eu não sei do que você está falando.
— Sabe sim, mentirosa! Você é aquela ex-aluna metida que apresentou a tese sobre Omiscan. Eu não esqueço de você.— acusou ele.
— Não ouse falar assim comigo! Você acha que eu não sei do esquema de contrabando com as relíquias de Omiscan? — acabei falando o que estava pensando.
— Ah, então agora você quer barganhar? Não esqueça que aquele seu belo diploma e todas as oportunidades que chovem para você vieram da universidade, sua ingrata! — Então era verdade, eu estava certa!
— Não ouse falar assim comigo! — respondi ferozmente. — Não quero dinheiro sujo da universidade.
— Se você denunciar, saiba que não te deixaremos em paz! Vamos te arruinar, e nunca mais terá boas oportunidades. Sua suja...
Antes dele terminar de me ofender, eu parti para cima dele!
Não me orgulho disso, mas também não me arrependo. Esse homem vai ver que não pode se meter comigo!
Gente, que festa toooooooooop, menina! E a Larinha toda trabalhada na ostentação!!!
ResponderExcluirA música perfeita, dando o clima da festa!!! E que descoberta escabrosa, hein!!! O.o
Achei o máximo a Larinha toda discreta escutando a conversa dos mocinhos ali!
Mas esse ruivo, o decano, hein! Que sujeitinho cara de pau! Tomou uma bela d'uma surra bem merecida! Lara arrasou!!!
Ameiii o capítulo!!! S2
Sallyyyyyyyyy
Excluira música é do jogo, em uma fase muito parecida com essa. Foi assim que me inspirei!!
obg pelo coment!!!
A bicha é braba! Doido pra ver ela indo atrás dos artefatos que faltam.
ResponderExcluirTatsumi, vc por aqui!!!
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