Tenho me afastado o máximo dos não-sobrenaturais. Percebi que o contato mais próximo que tive com um sim, depois de voltar do Reino da Mágia, não me causou urticária.
Foi o Ekko, que conheci na veterinária. Será que estou curada, ou ele tem um lado sobrenatural que não me contou?
Marcamos de tomar umas bebidas no Bar e Bunker do Cão, que fica em Moonwood Mill. Era uma noite fresca e as pessoas se vestiam de romance.
Ekko é tão boa companhia, que esquecia da tal urticária chata. Quando lembrava, dava um frio na barriga pelo risco de me expor.
E quem sabe agora eu esteja livre da urticária?
Tinha um DJ lá, mas já estava fechando seu expediente no Bunker.
— Ei, conheço uma boate de rock muito irada, cheia de gente. Topa? — ele sugeriu.— Só se for agora! — respondi.
Quem sabe vale a pena correr riscos? Não acho que estou sendo imprudente... Não estou jogando tudo a perder. Estou só tentando o desconhecido.
E se estiver colocando muito a perder? Será que compensa?
Ou fico trancada? Deixo de me expor? Como saber?
O que é melhor? Pensamentos e dúvidas me consomem. Até que um poema ecoa nos meus pensamentos:
“Fui para os bosques viver de livre vontade,
Para sugar todo o tutano da vida...”
Para aniquilar tudo o que não era vida,
E para, quando morrer, não descobrir que não vivi”.
Henry David Thoreau










Que capítulo fofo!!! Cara... Cricket, acho que ele é sobrenatural hein, parece ser lobisim!!! Mas são muito fofos!
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