20 de dezembro de 2014

Capítulo 40 - O infeliz desfecho da noite

Me dei conta naquela momento que a Cassandra estava certa. Eu sou um idiota mesmo. E fico ainda mais estúpido nessa roupa ridícula. Resolvi sair de lá e ir para o Bar Veludo Azul beber.


Que me importava o resto? Estava cansado. Ao invés de ficar chorando, o melhor que eu tinha a fazer era beber. Afundei mesmo a cara naqueles milk-shakes de chocolate. 

Quem é que iria me impedir? Eu mando em mim mesmo, e tomo todos os milk-shakes e ovomaltines que eu quiser! 

Infelizmente essa decisão não foi muito inteligente. Além de ter uma baita dor de barriga, fiquei com um sono tão forte que acabei dormindo no banco da praça.

O alvorecer já se aproximava quando um guarda me acordou. Levei um susto e comecei falando:
- Seu guarda, eu juro, não sou maluco nem infrator, só sou um homem apaixonado. E eu dormi na praça pensando nela! - e eu ainda disse: - Pode me algemar, me prender, mas por favor Seu guarda, não me deixe ficar sem ela! 

Por sorte o guarda não me puniu, só me enxotou dali.

Fui andando meio grogue, tentando achar o caminho de casa. Estava tão desorientado que não percebi que estava bem no meio da rua. Parei em um cruzamento para decidir qual direção seguir e acabei não notando um carro que chegava em alta velocidade.


Tudo que me lembro eram aquelas luzes dos faróis ofuscarem tudo, até eu mergulhar na escuridão. 

Um comentário:

  1. ♪ Seu guarda eu não sou vagabundo
    Eu não sou delinquente sou um cara carente
    Eu dormi na praça
    Pensando nela… ♪

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