Capítulo 70 - O último artefato

Dentro da tumba, desci às câmaras mais recônditas para continuar minha busca.

Faltava pouco para concluir minha busca em Selvadorada.

É fascinante como a cultura de Omiscan ainda nos é tão desconhecida. 

Registrei inúmeras novas informações que a arqueologia desconhecia até então. Quando retornar à cidade, precisarei comunicar o quanto antes à academia sobre a arquitetura singular de Omiscan.

 

Alcancei a Câmara do Escaravelho, exatamente como desenhada no mapa de Merlin. Descobriria, mais tarde, que o mapa era uma tradução de um antigo manuscrito que meu bisavô havia encontrado, mas nunca tivera oportunidade de verificar por si mesmo.

Espetacular!

Infelizmente meu bisavô não conseguiu traduzir tudo, e precisei desvendar sozinha os enigmas de cada mecanismo que para abrir as passagens.

Alguns eram fáceis demais, outros exigiam conhecimento arqueológico, porém outros eram puro racicínio lógico, o que me leva a repensar o real conhecimento e sabedoria povo omiscano.

Parecia que havia chegado ao final da tumba quando me deparei com um esqueleto que se movia! Estaria eu delirando, ou os mistérios de Omiscan seriam assim tão tenebrosos?

O esqueleto não apenas se movia, mas era hostil e tentou me atacar. Revidei, mas acho que consegui apenas atordoá-lo. Seria possível matar algo que já estivesse morto?

Tentei prender o esqueleto atordoado em uma saleta e prossegui. Estava tão perto do objetivo que podia sentir a vitória quase palpável em minhas mãos.

Uma inscrição antiga dizia "Sala dos Quatro Ventos". Havia chegado por fim. Podia ver o baú de pedra do outro lado da câmara.

Não hesitei. Arrastei a tampa do baú adornado e vi...

Meus olhos poderiam me enganar, a luz ofuscante talvez desorientasse meus pensamentos. Mas quando segurei o artefato com as próprias mãos, a verdade se tornou clara como a água.

Eu havia conseguido.